segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Um caminho ou um destino?


Um jovem e seu vigoroso cavalo seguiam lua após lua, a toda velocidade em uma estrada que levava às montanhas. Em um determinado trecho de seu caminho, o jovem avistou um velho que caminhava lentamente com sua bengala a beira da estrada e contemplava os pássaros. O jovem ao se aproximar perguntou, "Senhor, onde está indo com tanta calma?" Ao que o velho apontou e respondeu "Em direção às montanhas."
"Pois o senhor deveria se apressar e procurar uma caravana, há luas que sigo este caminho, o mais rápido que posso, com o melhor cavalo que pude conseguir, e até agora não cheguei a lugar algum!". O velho se virou com um sorriso enigmático, coçou a barba e após uma longa pausa disse, "Não chegou a lugar algum? Curioso, porque eu já estive em muitos lugares."



quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Nem só de palavra vive o Homem

Após o ultimo post, eu fiquei de mal da palavra.
Pus a palavra de castigo.
Então,
enquanto me reconcilio com a palavra, trago a vocês uma musica (de minha autoria).

Não se preocupem, darei crédito novamente à palavra, assim que ela souber o seu lugar!

Enjoy.



De palavra pra palavra


Vim ter com a palavra.

Onde ela está?
Chamo, chamo e chamo
mas a palavra não me responde,
a palavra não fala.

Eu penso que tudo é palavra,
Tudo é palavra,
tudo que penso é palavra,
Penso é palavra,
Eu sou palavra.

Palavras são metáforas,
disse um mestre das palavras,
Palavras são metáforas
pro que não cabe nas palavras.

Eu, é palavra
mas eu não caibo na palavra
Eu transbordo da palavra
Eu sou metáfora
Não, eu é metáfora
pro eu que transborda.
Transbordar é metáfora
pro que não cabe na palavra

Ahh! a palavra me deixa tonto!
Tonto, é uma palavra girando.
Mundo, é uma palavra girando.
Mas a palavra não gira,
a palavra é parada
é metáfora parada.
A palavra Mundo é parada
A palavra é mundo parado
A palavra não me deixa girar
Não me deixa ver a vida além da palavra
Por que a Vida pra ela, é só palavra.

Eu quero viver além da palavra
Da palavra que sai da minha boca.
Mas a palavra não sai do meu pé!
Sai de mim, palavra!
Me deixa viver Impressão!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Verde Musgo


E ele continua a caminhar e seguir seu caminho,

a passos lerdos e inconstantes.
Seus pés estão cansados,
só uma triste canção o acompanha
e uma esperança verde-musgo
que brota em seu coração de pedra.

O andarilho não traz nada consigo,
tampouco toma pra si oque há em seu caminho.
Deixa-se perder a cada curva
e volta a beijar a estrada.
Não leva sequer a lembrança.
Não leva sequer a lembrança.

perdidos se tornam os que despencam em seu olhar,
jamais são vistos na superficie.

Fique longe das profundezas!

Ou traga seu lodo para a superficie.
Isso! Traga seu lodo para a superficie
E abrace o musgo.

Brincando de Eternidade


Não tenho duvida!

Não tenho certeza!
Na verdade não tenho nada,
Não guardo nada.
Não penduro coisas na corda do tempo.

Prefiro jogá-las ao vento e deixar que flutuem.
As vezes as pego no ar e jogo denovo,
e fico admirado enquanto navegam e dançam
em todas as direções,até cair na terra,
á qual pertencem todas as coisas flutuantes.

Pego novamente oque o vento me trouxer
e volto a brincar.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Homem-Rato

E ele era doutor doque nunca tinha visto,
contava historias dos seus tempos de pó
e conhecia a lua como a palma da sua mão.

E quando a vida inteira passou diante dos seus olhos,
ele não a reconheceu.

Foi assim o primeiro e ultimo suspiro
do homem-rato.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

The World - Kajiura Yuki



You are here alone again
In your sweet insanity
All too calm, you hide yourself from reality
Do you call it solitude? Do you call it liberty?
When all the world turns away to leave you lonely

The fields are filled with desires
All voices crying for freedom
But all in vain they will fade away
There's only you to answer you, forever

In blinded mind you are singing
A glorious hallelujah
The distant flutter of angels
They're all too far, too far to reach for you

I am here alone again
In my sweet serenity
Hoping you will ever find me in any place
I will call it solitude when all my songs fade in vain
In my voice, far away to eternity

terça-feira, 8 de junho de 2010

A morte da metáfora


Se digo que estou de luto me perguntam:

-De luto pelo quê?
com objetividade respondo:
-Pela morte da metáfora!
- Mas como pode a metáfora morrer se ela nem sequer tem vida?
- Aí é que você se engana, pois a própria vida é uma metáfora.
- Então você quer dizer que a vida morreu?
- Certamente que sim!!

O vento e a eternidade


É triste ver seu olhar se perder no horizonte

enquanto o oque você procura entra pelas suas narinas
sem que você se dê conta.

Seu rosto delicado e alheio,
acariciado pelo vento,
não conhece a crueldade.

O vento é cruel,
sopra com violencia
sobre as arvores frondosas
e sobre os corações nobres
E com cruel delicadeza,
sobre as flores,
que se curvam
e deixam levar o seu arôma.

A crueldade soa perversa
para os pulmões sem ar
e para os corações sem vida.

O vento é o que une todas as coisas
só ele sabe o que é a eternidade!

domingo, 6 de junho de 2010

E nesessário desaprender!!!


Hoje eu acordei contente e esperançoso, pois me sentia, mais do que nunca, uma parte do mundo e de tudo o que tem acontecido e esta para acontecer nele.


Sentei-me à mesa, onde havia uma fruteira com frutas de plástico até q algo me deteve por algum instante que pareceu se desprender da linha continua do tempo, apos esse instante incalculável um pensamento me ocorreu: "Essa laranja é tão real!". Esse pensamento foi logo substituído pela estranha sensação de que ela não pertencia àquele meio, pois não havia lembranças dela em minha mente. Foi ai que acabei por pegar a tal laranja e notar, através do seu peso, que ela não era uma laranja de plástico e sim uma laranja de "verdade",das que nascem em arvores, portanto não pertencia àquela fruteira, estava ali por acaso.

Instantaneamente fui tomado pela seguinte pergunta: O que é real? O que e verdadeiro? O que difere o verdadeiro do falso? Ora, a fruta de plástico é uma representação, uma reprodução das frutas que conhecemos; mas não é o mundo que conhecemos também uma representação? Uma reprodução feita pelos nossos sentidos daquilo que há ao nosso redor? Então, o que difere, em termos de realidade, a laranja que nasce da arvore de uma feita de plástico em uma fábrica? È o fato de ela provir da natureza? Mas não é o homem e sua fábrica também uma agente da natureza? Será a utilidade alimentícia da fruta o fator que define sua "realidade"? Mas e uma fruta não comestível então não é real? Para uma criatura q não come dessa fruta por qualquer motivo, ela não é real? É realmente justo dar valor as coisas de acordo com a utilidade que elas têm para nós? Foi quando me veio a pergunta crucial, que em minha opinião é uma das mais importantes, se não a mais importante, da existência humana: "Quem sou eu pra julgar o que é real ou verdadeiro? "

Foi essa pergunta que me fez lembrar como o nosso mundo está preso as idéias. Idéias precipitadas e absolutistas sobre o que são as coisas, o que é bom, o que é mau, o que e verdadeiro.Ora, se não somos capazes de julgar a veracidade nem o valor das coisas, por que nos sustentarmos em idéias que nos dizem o que é o mundo ao invés de descobri-lo por nos mesmos?
Nos temos que nos dar conta de que não somos donos do mundo, e sim parte dele. Precisamos assumir que todo saber é passageiro, tudo o pensamos hoje, amanha será obsoleto, pois tudo o que temos e apenas interpretação do que há a nossa volta, interpretação que sempre muda à medida que nós mudamos. A nossa sociedade é vitima de um imenso acúmulo de idéias que estão entrando em colapso a cada dia, pois a base que a sustentavam já não existem mais.

E necessário ser capaz de desaprender!!!!

Renovar suas idéias a cada instante, repensar o mundo e criar, a cada dia, um novo estilo de vida, um novo conjunto de idéias ao invés de por estacas nas idéias antigas q estão desabando. É necessário ver o colapso não como queda e destruição, mas como possibilidade de renovação, de reconstrução do mundo, de um mundo sincero, criativo e cheio de vida.