quarta-feira, 28 de julho de 2010

Verde Musgo


E ele continua a caminhar e seguir seu caminho,

a passos lerdos e inconstantes.
Seus pés estão cansados,
só uma triste canção o acompanha
e uma esperança verde-musgo
que brota em seu coração de pedra.

O andarilho não traz nada consigo,
tampouco toma pra si oque há em seu caminho.
Deixa-se perder a cada curva
e volta a beijar a estrada.
Não leva sequer a lembrança.
Não leva sequer a lembrança.

perdidos se tornam os que despencam em seu olhar,
jamais são vistos na superficie.

Fique longe das profundezas!

Ou traga seu lodo para a superficie.
Isso! Traga seu lodo para a superficie
E abrace o musgo.

Brincando de Eternidade


Não tenho duvida!

Não tenho certeza!
Na verdade não tenho nada,
Não guardo nada.
Não penduro coisas na corda do tempo.

Prefiro jogá-las ao vento e deixar que flutuem.
As vezes as pego no ar e jogo denovo,
e fico admirado enquanto navegam e dançam
em todas as direções,até cair na terra,
á qual pertencem todas as coisas flutuantes.

Pego novamente oque o vento me trouxer
e volto a brincar.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Homem-Rato

E ele era doutor doque nunca tinha visto,
contava historias dos seus tempos de pó
e conhecia a lua como a palma da sua mão.

E quando a vida inteira passou diante dos seus olhos,
ele não a reconheceu.

Foi assim o primeiro e ultimo suspiro
do homem-rato.